quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Jurados se reúnem para decidir se Lindemberg é ou não culpado


Os jurados entraram pouco antes das 16h desta quinta-feira (16) na sala secreta do Fórum de Santo André para decidir o futuro de Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel, na cidade do ABC, em 2008. Compõem o conselho de sentença seis homens e uma mulher.
O julgamento foi retomado pouco antes das 15h30. A promotora Daniela Hashimoto decidiu abrir mão da réplica na fase de debates. Com isso, foram apresentados aos jurados os quesitos para votação. Eles vão responder a 12 séries de perguntas, sobre cada crime e cada vítima.
Sobre Eloá, a juíza Milena Dias definiu que os jurados terão de responder se ela sofreu os disparos de arma de fogo e se esses disparos foram efetuados por Lindemberg, se ele agiu por imprudência ao atirar na vítima, se absolvem Lindemberg, se ele agiu por motivo torpe, por vingança e se houve recurso para impossibilitar a defesa da vítima, que estava deitada no momento dos tiros. As mesmas questões foram definidas para Nayara, com uma diferença com relação ao homicídio. A juíza questionou se os jurados acreditam que ele apenas não se consumou por uma vontade alheia ao réu.

A juíza também questionou os jurados sobre o cárcere privado de Eloá, Nayara por duas vezes (em razão de ela ter voltado ao local do cárcere), Victor e Iago. Os jurados terão que responder se os quatro foram privados de sua liberdade, se Lindemberg foi o autor ou se deve ser absolvido e se as vítimas eram menores de idade, o que pode atenuar ou agravar a pena final.
Em outro quesito, os jurados devem decidir se Atos Antonio Valeriano sofreu os disparos feitos por Lindemberg e se consideram que houve tentativa de homicídio, se absolvem Lindemberg pelo crime e se o réu efetuou os disparos para assegurar a execução de outros crimes. Por fim, a juíza questionou os jurados por quatro crimes de arma de fogo. Eles devem responder se houve disparos em local habitado, se Lindemberg foi o autor ou se deve ser absolvido.
O réu responde pela morte de Eloá, por duas tentativas de homicídio (contra Nayara Rodrigues da Silva, baleada no rosto, e o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano, que escapou de um tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor Lopes de Campos, Iago Vilera de Oliveira e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro) praticados entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008 dentro do apartamento onde a ex morava, no segundo andar de um bloco da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim Santo André.
A tese da defesa é que houve homicídio culposo (sem intenção) e cárcere privado confesso no caso de Eloá. Para Nayara, a advogada afirma que deve ser acatada lesão corporal culposa e negativa do cárcere privado, assim como para Victor e Iago. Para o sargento da PM, a defesa sustenta a negativa de autoria por "crime impossível". Para os disparos de arma de fogo, a defesa diz que o réu é confesso.
A juíza Milena Dias disse que a confissão será levada em conta para dosar a pena.
Debates
Antes do recesso para almoço, a advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, disse durante a fase de debates do julgamento, no Fórum de Santo André, que seu cliente ainda é apaixonado pela vítima. Segundo ela, Lindemberg não premeditou matar Eloá e pediu que ele seja condenado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. A defensora falou por cerca de uma hora e meia. A juíza determinou em seguida o intervalo.
“Ele não é marginal ou um criminoso. Os senhores [jurados] são pessoas de bem, assim como Lindemberg. Peço que o enxerguem como um irmão, pai dos senhores, um amigo. Ele não é bandido. Ele confessou que atirou em Eloá. Lindemberg é apaixonado por Eloá. Foi o grande e único amor da vida dele. Tanto é que ele não recebe visita íntima porque ele não quer ter outra mulher”, disse. “Lindemberg sofre pela morte de Eloá.”
"Não vou pedir a absolvição dele. Ele errou, tomou as decisões erradas e deve pagar por isso, mas na medida do que ele efetivamente fez", disse a advogada. "Peço que os senhores [jurados] condenem o Lindemberg pelo homicídio culposo, pois ele não desejou o resultado. Ele sofre pela morte dela."
Durante a fala de Ana Lúcia, os familiares de Eloá esboçaram reações de incredulidade. O público chegou a se manifestar em alguns momentos. A advogada disse que seu cliente era querido pela família da vítima e tentou responsabilizar a imprensa e a Polícia Militar pelo ocorrido.
“Lindemberg era muito querido pela família de Eloá. Esse caso só é esse caso por causa da cobertura da mídia, não devia estar acontecendo nada mais importante naquele dia.” Segundo ela, os PMs que invadiram o apartamento são os responsáveis morais pela morte de Eloá e a mídia, também responsável. "A imprensa fez do sequestro um 'reality show'."  "Ele não pode pagar a conta sozinho. A própria família de Eloá está responsabilizando os policiais que erraram."
ana lúcia assad (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)Para advogada, imprensa transformou réu em
monstro (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)
Já a promotora Daniela Hashimoto disse que Lindemberg é “mentiroso, manipulador e dissimulado”. Daniela falou por uma hora e meia. A assistente da acusação dispensou os 30 minutos a que tinha direito.
“É esse rapazinho, bonzinho, coitadinho, arrependido, que veio aqui pedir perdão, ele fez um pedido sincero em frente à mídia, mas ele é uma pessoa que simula e é dissimuladora”, disse a promotora em relação ao pedido de perdão feito por Lindemberg nesta quarta-feira (15) durante seu depoimento. “Se fosse um pouco mais esperto ou orientado poderia ter dito que foi ao apartamento armado porque temia a reação dos pais de Eloá porque Eloá teria dito que apanhou dele [Lindemberg] dias antes”, completou.
Durante sua apresentação, Daniela manipulou o revólver calibre 32 usado pelo réu para manter Eloá refém. Foi dessa arma que partiu o tiro que matou a ex-namorada do motoboy. A promotora andou com o revólver pelo plenário e puxou o gatilho algumas vezes. “Lindemberg atirou para matar, sim.”

Duas pessoas morreram e dezoito ficaram feridas em um acidente com um caminhão pau de arara na tarde desta quarta-feira (15), na BA-052, na cidade de Ipirá, a cerca de 200 km de Salvador. De acordo com a polícia, o veículo transportava trabalhadores rurais para um povoado quando capotou no km 79.

Ainda segundo a polícia, dois homens morreram no local. Os feridos foram levados para o Hospital Regional de Ipirá. Duas vítimas foram transferidas para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.
Santo EstevãoDuas pessoas morreram em acidente entre um caminhão baú e uma carreta, na BR-116, nas proximidades da cidade de Santo Estevão, a 160 km de Salvador, na tarde desta quarta-feira (15).

Segundo a polícia, os dois veículos bateram de frente após o motorista do caminhão tentar fazer uma ultrapassagem. Dois homens, um de 64 anos e o outro de 33 anos, que estavam no caminhão, morreram na hora. Ainda de acordo com a polícia, uma mulher que estava na carreta ficou ferida e foi levada para um hospital em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. A polícia informou que o acidente provocou um congestionamento de aproximadamente dez quilometros.

Carnaval dos bairros contará com 120 atrações entre sábado e terça


A partir deste sábado (18) os moradores dos bairros de Periperi, Liberdade, Cajazeiras, Itapuã, Pau da Lima e Plataforma em Salvador, ganham programação especial para o carnaval. Ao todo são 120 atrações com quase 200 horas de shows e ritmos que passam pelo Arrocha, Forró e Axé. Em alguns locais, as estruturas já estão sendo montadas.
A estrutura inclui, além dos palcos, sanitários químicos e decoração em homenagem ao centenário de Jorge Amado. “Queremos dar ao morador desses bairros populares mais uma opção de lazer durante o Carnaval, garantindo boas atrações e infraestrutura”, explicou o presidente da Saltur, Claudio Tinoco.

Módulo policial, arquibancadas e palcos já estão quase prontos. A estrutura veio de Sergipe e vai garantir a diversão de moradores de seis bairros da capital. “É importante isso porque o cara pode ir um dia lá para baixo [circuitos do centro da cidade] e fica aqui durante os restantes dos dias. Por aqui a despesa é menor, é perto de casa”, comentou o coordenador de montagem, Paulo Mendonça.

A festa nos bairros começa sábado (18) e segue até a terça-feira (21). Em Periperi vão subir ao palco na praça da Revolução, atrações como a banda Uns Cara Aí e o cantor Virgílio. Os moradores vivem em clima de expectativa. “As pessoas que moram aqui e as vezes não podem ir para o centro já participa do carnaval aqui mesmo”, disse a dona de casa Meire Souza.

Em Plataforma, no Subúrbio Ferroviário, o ponto de encontro é a Praça São Brás, onde o palco já está pronto, para receber a partir de sábado (18) as cerca de 20 atrações que animarão o carnaval da comunidade e entre elas, Aloisio Menezes e grupo de samba de partido alto, Bambeia.